Diretor de futebol se reúne com Wallim Vasconcellos e se despede do clube após sete meses de uma gestão marcada por crises e polêmicas.
- Analisei e foi a decisão que tomei (sair). Amanhã (sexta) falo com detalhes, mas saio pela porta da frente. Foram sete meses em que mostrei a minha cara – disse o ex-jogador.
De 11 de maio para cá, Zinho experimentou quase tudo no clube. Sobraram problemas, faltou tempo para relaxar. O distanciamento da família incomodou, a vida tranquila de comentarista de TV ficou para trás, e o desgaste foi inevitável.
No período em que esteve no cargo, Zinho teve de administrar crises sérias, de extrema repercussão e que geraram enorme desgaste. O embate e a saída conturbada de Ronaldinho Gaúcho, o processo de fritura e queda de Joel Santana, o fracasso nas negociações com Diego e Juan, a ausência da contratação de um camisa 10, o caso Riquelme e a tentativa de recuperar Adriano foram motivos de turbulência na gestão do comandante do futebol rubro-negro.
A política fervilhante do clube também respingou no futebol, já que algumas crises internas envolveram o vice-presidente de finanças, Michel Levy, e o vice de futebol, Paulo Cesar Coutinho, afastado da pasta durante a temporada. Zinho tentou defender o trabalho do dirigente, mas a pressão pela saída de Coutinho foi maior. O vazamento de informações também incomodou. Dentro de campo, briga contra o rebaixamento no Brasileirão.
Além da questão financeira e da perda de força no clube, Zinho acredita que, mesmo com a chegada de Pelaipe, teria volume de trabalho parecido ao da função que exerceu na atual temporada. E, depois dos sete meses em que trabalhou grande parte do tempo sozinho, sem vice de futebol nem gerente, ele apostava numa valorização. Reduzir o salário, para ele, seria justamente o contrário.
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