domingo, 23 de dezembro de 2012

Campinense faz 'faxina' e vai trás do bi com apenas um remanescente

Depois de uma Série D aquém da esperada, o Rubro-Negro se renovou. Trocou o técnico e todo o time. Apenas o goleiro Panteira continua em 2013


Elenco do Campinense - Paraibano 2013 (Foto: Adriano Gonçalves / Jornal da Paraíba)
Pantera na apresentação do Campinense (Foto: Silas Batista / Globoesporte.com/pb) 

Campeão paraibano, depois de quatro anos de jejum, com show particular do experiente atacante Warley, o Campinense manteve a base do time para Série D do Brasileiro. Mas o desempenho da equipe e, principalmente do artilheiro do Estadual, com 22 gols, não foi o mesmo do Estadual. Frustrada, a diretoria decidiu renovar o elenco em quase 100% para a temporada 2013.
A frustração da diretoria foi demonstrada pelo presidente William Simões, logo após a participação na Quarta Divisão, quando denunciou a existência de um ‘grupo’, dentro do clube, que teria ‘trabalhado contra o time’ durante os jogos das quartas de final contra o Baraúnas, em que perdeu a chance do acesso.
Para se ter uma ideia, do grupo que disputou esta temporada, apenas o goleiro Pantera, duas vezes campeão pela agremiação (2008 e 2012), foi mantido. A mudança para o próximo ano, em que a Raposa disputará três competições, atingiu comissão técnica, gerência de futebol e o grupo, onde foram contratados mais de 20 jogadores.
O treinador Freitas Nascimento, vencedor de dois títulos estaduais pelo Rubro-Negro, foi substituído por Oliveira Canindé, que chega com status de quem foi campeão brasileiro da Série D de 2010 pelo Guarany de Sobral. Na parte administrativa, o ex-zagueiro Kleber Romero assumiu o posto de Marquinhos Mossoró na gerência de futebol.
Quanto ao elenco, muitas ‘caras novas’. Foram contratados atletas com passagens por vários clubes da região Nordeste e do Sul. Principalmente que trabalharam com Canindé e Kleber. Entre os reforços, destaque para o volante Danilo Portugal (ex-Goiânia) de 29 anos, que já participou de seis edições da Série A do Campeonato Brasileiro, três Copas Sul-Americanas, uma Libertadores da América e quatro Copas do Brasil pelo Goiás.
Além de Danilo, o Campinense aposta suas fichas nos atacantes Ricardo Maranhão, que subiu com o time rubro-negro na Série C, em 2008, e Jeferson Maranhense, artilheiro e que sempre tem acompanhado o técnico Oliveira Canindé.
- Nós decidimos renovar praticamente todo o elenco. Nossa intenção era segurar uma base do time do estadual, mas os jogadores não repetiram o mesmo desempenho na Série D. E houve aquele ‘papelão’ por parte de alguns atletas, que todos ficaram sabendo nos jogos com o Baraúnas. Então vamos começar a temporada 2013 com gente nova, mas com muita bagagem para nos ajudar a conquistar o bicampeonato, como também na Copa do Nordeste e Copa do Brasil -  pontuou o presidente William Simões.
Mas o dirigente encontrou problemas na hora de contratar, especialmente no setor ofensivo. Dois jogadores chegaram a ser anunciados pelo clube, mas depois foram descartados - Danilo Pitbull, que não passou nos exames médicos, e Leandrinho, que alegou problemas pessoais para não jogar em Campina Grande.
A solução emergencial veio com o experiente Selmir, de 33 anos, destaque do Tubarão-SC.
Apesar dos contratempos, o técnico Oliveira Canindé está otimista para a sua primeira passagem pelo futebol paraibano. E disse que o elenco está sempre aberto para receber novos jogadores.
Houve aquele papelão por parte de alguns atletas. (...) Então vamos começar a temporada 2013 com gente nova"
William Simões, presidente do Campinense, falando sobre possível corpo mole do time na Série D
- Eu não gosto de fechar o grupo. Prefiro manter espaço aberto para profissionais que possuam qualidade e que tenham disposição para ajudar no nosso trabalho - disse.
 
Elenco rubro-negro tem a confiança do comandante
Com status de quem conquistou o título brasileiro da Série D pelo Guarany de Sobral, em 2010, o técnico Oliveira Canindé chega com a responsabilidade de levar o Campinense ao bicampeonato estadual. Nesta competição, o time só entra a partir da segunda fase, devido à participação na Copa do Nordeste, a partir do dia 20 de janeiro. Além dos dois torneios, a Raposa tem a Copa do Brasil pela frente. Mas a prioridade é o Paraibano, já que dará direito ao time disputar novamente a Série D.
Para tentar conquistar os resultados projetados pela diretoria, o comandante rubro-negro conta com atletas que o ajudaram a conquistar títulos pelos clubes por onde passou, por exemplo, o atacante Jeferson Maranhense, campeão da Copa Piauí ao lado de Canindé em seu último clube, o Flamengo (PI).
- Noventa por cento dos atletas que o Campinense contratou já trabalharam comigo, o que de certa forma facilitará em muito no sistema de jogo ideal do time. Mas, trouxemos também ‘peças’ de outros centros, qualificadas - enfatizou.
Sobre o esquema de jogo, Oliveira Canindé destacou que não costuma montar suas equipes no esquema tático 3-5-2.
- Se não tiver outra opção eu faço, mas, geralmente trabalho com variações táticas durante as partidas. Por isso é fundamental ter um elenco forte - explicou o novo comandante raposeiro.
Oliveira Canindé, técnico do Campinense (Foto: Magnus Menezes / Jornal da Paraíba)Oliveira Canindé é o novo técnico do Campinense

Outro ponto destacado pelo técnico foi em relação às categorias de base. Ele garantiu que gosta de trabalhar com a garotada, mas ressaltou que o desenvolvimento dos atletas vai depender do desempenho de cada um.
- Eu gosto de trabalhar com jogadores jovens e muito. Agora depende do atleta. Se ele tiver personalidade e vontade de trabalhar ele vai ser titular, independentemente da competição que estivermos disputando.

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